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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

GTA EM SÃO JOÃO BATISTA: MANOEL DE GENTIL ESTÁ PRESO



Comercio do Grupo Noele fechado
O empresário Manoel Gomes, pai do ex vice-prefeito Eduardo Gomes, de São João Batista, e proprietário de uma das maiores fazendas do estado, foi preso na manhã desta terça-feira, por volta das 6:00h da manhã. O Grupo Tático Aéreo já está na cidade para, segundo informações de nossa equipe, levá-lo para a cidade de São Luiz.
Manoel de Gentil, como é conhecido, foi preso por ser acusado de ser o mandante na executação do lavrador Flaviano Neto, 45 anos, morador da comunidade quilombola do Charco, em São Vicente Férrer. A prisão foi efetuada aqui em São João Batista.
Flaviano Neto foi morto a tiros no dia 30 de outubro em uma estrada, voltando de um bar, onde chegou a conversar com os envolvidos no crime. Já estavam presos, em São Luís, o executor do crime, Irismar Pereira, e o intermediário, o ex-policial militar Josuel Sodré Saboia, detido no início deste mês de fevereiro, no Anjo da Guarda, em São Luís.
Além da investigação policial, o caso está sendo acompanhado por entidades de Defesa dos Direitos Humanos, como Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA, Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, Comissão Pastoral da Terra, entre outras.
Provas irrefutáveis
De acordo com o delegado de Homicídios, Maiomone Barros, em entrevista à Mirante AM, na manhã de hoje, as investigações feitas até agora são suficientes e apresentam provas irrefutáveis sobre a responsabilidade de Manoel Gomes e a participação de Josuel e Irismar. "Desde novembro de 2010 estamos trabalhando nesse inquérito, que é complexo. Mas conseguimos provas irrefutáveis. [...] Por mais que eles neguem, as provas são suficientes para comprovar o caso", explicou o delegado. Para Maimone Barros, o crime está elucidado. Faltam apenas alguns detalhes para concluir todo o inquérito, como informações que definam a participação de outras pessoas nesse crime.
A morte do lavrador, líder quilombola das 70 famílias residentes na comunidade do Charco, foi motivada por uma disputa de terra. As famílias remanescentes de quilombo, há algum tempo, vinham lutando pela titulação da área em que vivem. Vários procedimentos foram abertos no Incra para vistoriar a terra e dar encaminhamento ao processo de posse da terra.
Contudo, após uma das vistorias, o Incra deu laudo informando que a área em questão, conhecida como "fazenda Juçaral", de 1,4 hectares, havia sido fracionado em lotes e vendidos a fazendeiros. Esses fazendeiros, entretanto, eram o próprio Manoel Gentil Gomes e seus filhos.
Em 2009, o Ministério Público Federal é acionado pelos líderes quilombolas. O MPF passa a requisitar informações e apurar os fatos. Com a dificuldade no andamento dos processos de titulação das terras, o conflito se agrava e, após ameaças de morte, Flaviano Neto é morto.
Após todas esses fatos, no início de fevereiro, o procurador da República Alexandre Silva Soares requereu à Justiça Federal a identificação da área como terra quilombola.
Com a conclusão do inquérito sobre a morte de Flaviano Neto, o procurador Alexandre Silva Soares aguardará denúncia do Ministério Público estadual à Justiça, para apresentá-la, também, à Justiça Federal. O GTA ainda está na cidade. Adaptado Imirante. Mais informações a qualquer momento.


FONTE:  AGÊNCIA SJB

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